A carga elétrica de uma substância é o valor relativo à sua quantidade de prótons, elétrons, nêutrons e fótons. Essa carga pode ser neutra, positiva ou negativa, dependendo desses valores. Qualquer coisa que conhecemos tem uma carga elétrica, mesmo não sendo facilmente perceptível. Isso porque tudo no mundo é formado por átomos que, por sua vez, são formados por átomos. O núcleo dos átomos é formado por nêutrons, prótons e outras cargas: parte que representa as cargas positivas. Ao redor do núcleo, os elétrons (cargas negativas do átomo) ficam orbitando em volta do núcleo. Um corpo pode estar negativo ou positivo, dependendo da quantidade de elétrons que ele contiver.
As partículas de elétrons são as de carga negativa, prótons positivas e nêutrons são neutras. Segundo a lei de que os opostos se atraem, descrita pele primeira vez em 1773 por Charles François de Cisternay du Fay, as partículas negativas são atraídas por positivas. Em contrapartida as negativas com outras negativas se repelem. O mesmo acontece quando há duas partículas positivas próximas: a tendência é que se separem. Isso explica o movimento dos elétrons em torno do núcleo, já que esse contém partículas positivas e o elétron é de carga negativa.
Cada elemento da natureza tem seu determinado número de elétrons que rodeiam o núcleo de seus átomos. Essa quantidade é a necessária para deixar essa substância com carga neutra (mesmo número de cargas negativas e positivas). Quando alguma força age sobre um elemento, a ponto de “roubar” uns elétrons desse átomo, ele deixa de estar neutro e fica com carga positiva (tendo o número de cargas positivas e negativas, a retirada de um elétron, que é negativo, o número de partículas positivas estará em maior número). Já em outros casos, quando um átomo ganha elétrons, sua carga fica negativa.
A carga elétrica de um material é definido por essa variação de átomos. Essa variação de carga elétrica é medida por meio de cálculos físicos. Os resultados dessas operações físicas é dado na unidade coulomb. A unidade é uma homenagem a um físico francês: Charles Augustin de Coulomb. Outras contas que utilizam corrente elétrica e que têm outras medidas são: carga elementar (representado por “e”), Ampére-hora (representado por “Ah”) Abcoulomb (representado por “AbC”) e Statcoulomb (representado por“StC”).
O hidrogênio, por exemplo, tem apenas dois elétrons circulando em volta do núcleo. Quanto menor o número de elétrons, mais difícil é tirar um elétron desse corpo, portanto, é muito difícil fazer com o hidrogênio fique positivo. Essa troca de elétrons pode acontecer, por exemplo, quando há uma ligação entre materiais, diferentes ou iguais. Sendo que, nessa troca, todos os componentes da ligação devem estar com o devido número de elétrons em torno de seu núcleo.
Outro modo de ter movimentação de elétrons entre dois corpos é a fricção de dois corpos. Nesse movimento, há a passagem de carga para outros corpos. Uma experiência fácil de ser feita e que comprova esse efeito é friccionar uma caneta no cabelo e, assim que terminar esse movimento, encostar essa caneta em pedaços pequenos de papel. Os pedaços de papel grudarão na caneta sem esforço. E isso se explica porque, ao esfregar a caneta no cabelo, ela perde elétrons, que são repostos quando a caneta entra em contato com os pedaços de papel.